domingo, 28 de janeiro de 2024

O CASTANHEIRO-AUSTRALIANO (Castanospermum australe A.Cunn & C.Fraser ex Hook )

Nessa postagem vamos falar de uma árvore ornamental  que há muito tempo é cultivada aqui no Brasil mas mesmo assim ainda é pouco conhecida devido à pouca quantidade de exemplares plantados principalmente em arboretos de colecionadores. Estamos falando do CASTANHEIRO-AUSTRALIANO ( Castanospermum australe), conhecido na Austrália como Moreton Bay Chestnut que produz uma floração muito decorativa com flores reunidas em cachos que brotam diretamente dos galhos.

                                                                                   

      

O gênero Castanospermum pertence à família das fabáceas e possui apenas uma espécie, o Castanospermum australe conhecido na Austrália como Castanheiro da Baía de Moreton. Essa árvore é encontrada em estado nativo nas florestas tropicais costeiras e praias daquele país, desde Lismore, Nova Gales do Sul até Iron Range , Península do Cabo York, na costa de Queensland  e 160 km. a oeste das Montanhas Bunya. Essa árvore desenvolve-se bem em solos úmidos, férteis e bem drenados, em terraços nas encostas de montanhas ou ao longo das margens de rios e riachos. O Castanheiro-Australiano também é encontrado nativo em outros pequenos países da Oceania com Nova Caledônia e Vanuatu. Essa árvore apresenta um porte considerável e em condições favoráveis pode atingir um tamanho médio variando de 20 a 40 metros de altura. É uma espécie com vários atributos ornamentais pois sua copa é bastante frondosa com folhas pinadas verde-escuras brilhantes e galhos baixos quando cultivada em locais mais abertos, não de forma adensada. Durante o final do inverno e início da primavera ela floresce apresentando cachos que reúnem grande quantidade de flores que mudam de cor à medida que vão amadurecendo passando do amarelo ao laranja  até o vermelho . Essas flores que brotam diretamente dos galhos ficam parcialmente escondidas pela folhagem densa. Após a floração formam-se grandes frutos cilíndricos e lenhosos que podem atingir de 12 a 20 cm. de comprimento por 4 a 6 cm. de diâmetro os quais alojam de 1 até 5 sementes em formato de grandes feijões arredondados.Existem citações literárias que esses "feijões" após cozidos eram consumidos por aborígenes. Suas flores acumulam néctar em abundância servindo para alimentas beija-flores e outros pássaros nectarívoros e as mudas encontradas em viveiristas brasileiros são obtidas de sementes. 

                                                                                



TEXTO E FOTOS :   LUIS BACHER

DICAS DE CULTIVO : 

Luz :  Pleno sol .
Solos : Preferenciamente os descompactados e ricos em matéria orgânica. 
Usos : Plantar em locais espaçosos como parques, arboretos e grandes jardins, afastado de construções.

ONDE ENCONTRAR MUDAS :

DIERBERGER PLANTAS LTDA.
Fazenda Citra - Limeira - SP.
Tel. (19) 3451-1221  www.fazendacitra.com.br 
MERCADO DE FLORES CEAFLOR 
Box G-25 e G-26 
Rod. Pref. Aziz Lian (SP-107), Km. 29,3 - Jaguariúna - SP.  ( Entrada para Holambra )
Tel. (19) 99143-5351   Whatsapp  (19) 99409-4072

                                                                                 

                                                                                     
                                                                                   
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              
                                                                                    
                                                                                   
                                                                                     
                                                                                     

                                                                                      
                                                                                    

                                                                                    

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

DR. HERMES MOREIRA DE SOUZA



Uma das maiores personalidades do paisagismo brasileiro. 

        



Conheci o Dr. Hermes Moreira de Souza em 1978, ano em que comecei a trabalhar na Dierberger Agricola S/A. na Fazenda Citra em Limeira - SP.  Na verdade eu só conhecia ele de vista, não tínhamos nenhum tipo de contato. Na época eu me lembro que por ter uma boa caligrafia fui incumbido de escrever as etiquetas de identificação das sementeiras da nossa seção de produção. Todas as sementes que eram coletadas ou recebidas de colaboradores era eu o responsável em escrever as etiquetas que seriam colocadas nas caixinhas das sementeiras e essa atividade me ajudou muito na memorização dos nomes populares e científicos das espécies de plantas. E foi aí que começou a minha admiração pelo Dr. Hermes pois na época ele era colunista no Suplemento Agrícola do jornal O Estado de S. Paulo e a empresa sempre foi assinante dessa publicação. Nas quartas-feiras quando eram publicados os artigos dele a empresa comprava um jornal a mais e encaminhava o exemplar desse suplemento para a seção de produção onde eu trabalhava. As matérias eram fantásticas com textos bastante explicativos  ilustrados com fotos grandes e coloridas sobre plantas que foram introduzidas e adaptadas  através do Setor de Plantas Ornamentais do Instituto Agronômico de Campinas do qual foi o responsável durante muitos anos. Após essas plantas serem estudadas e testadas em situações paisagísticas nas coleções do I.A.C. seus materiais de propagação como sementes, estacas e alporques eram distribuidos aos produtores da região. Ele pessoamente acompanhava a coleta das sementes e posteriomente as colocava em saquinhos de papel sobre os quais escrevia os dados de identificação da espécie como nome popular, científico e data da coleta e posteriormente distribuia aos produtores. A nossa empresa recebia parte dessas sementes e eu sempre fazia as etiquetas de idenficação colocando dentro dos pacotinhos e em seguida encaminhava ao setor de produção onde eram providenciadas as semeaduras.  Graças a essa atividade fui aprendendo uma infinidade de nomes de plantas e tendo o privilégio de poder acompanhar o desenvolvimento de muitas delas depois de serem plantadas no campo. As espécies que não produziam sementes ou produziam pouco em condições brasileiras, ele desenvolvia  matrizes de forma vegetativa e distribuia aos viveiristas interessados, dessa forma conseguimos a nossa primeira planta matriz da famosa RAINHA-DAS-ÁRVORES ( Amherstia nobilis ) Em 1987 com a saída de um antigo chefe de nossa seção de vendas fui convidado para substituí- lo e aceitei, a partir desse momento comecei a ter um contato direto com o Dr. Hermes e passamos a conversar mais frequentemente, ele trazia as sementes e passava atenciosamente as informações sobre as espécies. Ele era extremamente atento ao que acontecia nos viveiros de plantas, principalmente nos de Campinas e Limeira e sempre queria saber o que estávamos produzindo, quando havia alguma espécie diferente levava para fazer a implantação na coleção do I.A.C. e através desse intercâmbio passamos a ter uma grande amizade e sempre estávamos trocando idéias sobre plantas, tinha o hábito de escrever e trocávamos correspondências frequentemente comentando sobre o desenvolvimento das novas plantas  e ainda guardo comigo muitas dessas cartas. Em uma de minhas visitas à sua residência, ele e seu filho Mauricio me levaram para conhecer o resultado de seu trabalho de muitos anos no Complexo Botânico do Monjolinho no I.A.C. Juntamente com o Christian Dierberger fazíamos visitas a outros viveiros sempre em busca de de espécies diferentes. Apesar da idade e a dificuldade para caminhar devido a um atropelamento sério que sofreu nas proximidades de sua residência, ele era incansável e foi convidado para fazer o paisagismo do Laboratório de Luz Sincroton em Campinas e nessa nova empreitada tive a oportunidade de poder auxiliá-lo com a indicação de plantas que tínhamos disponíveis  as quais posteriormente o laboratório adquiria para plantio, algumas menos comerciais produzíamos a pedido dele, ele era bastante meticuloso na seleção das espécies e estávamos sempre trocando idéias sobre o que plantar e onde encontrar as mudas. Periódicamente visitávamos as obras desse novo trabalho dele para ver o desenvolvimento das plantas. Acredito que esse foi um de seus últimos trabalhos e com o término dessa obra nossos contatos passaram a ser menos frequentes pois assumi a função de vendedor da empresa no Mercado de Flores da C.E.A.S.A. Campinas e ele já estava mais envelhecido mas mesmo assim nunca deixou de se interessar pelas novidades em plantas no mercado. Ele e seu filho Mauricio sempre que podiam me visitavam no Mercado de Flores e como sempre me levavam algumas sementes, eu da minha parte ficava muito contente em lhe ceder alguma plantinha pela qual ele se interessasse. Posteriormente faleceu a sua esposa , Sra. Lourdes Waldemarin de Souza , e não muito tempo depois também faleceu seu filho Mauricio Waldemarin de Souza. Esses episódios foram muito tristes pois ele ficou praticamente impossibilitado de visitar o Mercado de Flores onde era tratado com respeito de admiração de todos.  Durante o longo tempo que nós convivemos o que mais me impressionou na pessoa do Dr. Hermes Moreira de Souza foi a sua extrema humildade, quando era convidado para alguma palestra ou recebimento de alguma homenagem  ninguém ficava sabendo, talvez ficasse constrangido em falar sobre o assunto. Houve um episódio interessante em que ele foi homenageado pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU), cerimônia realizada em Piracicaba-SP. na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (ESALQ) onde ele se formou como Engenheiro Agrônomo (turma de 1942), e a caminho do local ele teve um tempinho para passar aqui na Fazenda Citra para saber das novidades porém sem tocar no assunto do evento, só viemos a saber da homenagem em notícia publicada dias depois no Suplemento Agrícola do jornal O Estado de S. Paulo. Outro fato que me surpreendeu foi quando em uma de nossas conversas  informais perguntei a ele onde eu poderia adquirir um dicionário de latim para que pudesse entender alguns nomes botânicos de plantas e já na próxima oprtunidade em que visitou a fazenda ele me presenteou  com seu Dicionário Escolar Latino-Português que utilizou em seus estudos, guardo esse livro como uma relíquia. O Dr. Hermes Moreira de Souza era Engenheiro Agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (ESALQ) de Piracicaba SP.  Em 1943 ingressou na Seção de Botânica do Instituto Agronômico de Campinas de onde se transferiu  posteriormente para o Setor de Floricultura da Seção de Olericultura e Floricultura. Os trabalhos desenvolvidos nesse setor resultaram  na ampliação do mesmo e teve como resultado a criação da Seção de Floricultura e Plantas Ornamentais da qual foi chefe até a sua aposentadoria em 1983. Posso afirmar com toda a certeza que uma das minhas maiores realizações pessoais foi a participação como co-autor no livro "Árvores Exóticas no Brasil - Madeireiras, Ornamentais e Aromáticas " juntamente com o autor Harri Lorenzi , Hermes Moreira de Souza e Mário Antonio Virmond Torres. Foi extremamente gratificante dividir com eles um trabalho sobre uma grande quandidade de espécies arbóreas que pudemos ver crescer, florescer e se tornarem  realidade no paisagismo brasileiro.  O Dr. Hermes Moreira de Souza faleceu em 09/08/2011, deixou obras paisagísticas importantes como os Jardins da C.A.T.I. (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), Complexo Botânico do Monjolinho do I.A.C. e Laboratório de Luz Sincroton do Ministério da Ciência e Tecnologia, essas obras todas em Campinas.  Também realizou trabalhos em outros munícipos como na Prefeitura de Nova Odessa SP. , Refinaria da Replan em Paulínia SP.  e a Coleção de Palmeiras e Outras Espécies do campus da USP/ESALQ de Piracicaba SP. Juntamente com Harri Lorenzi, Engenheiro Agrônomo e proprietário do Instituto Plantarum de Nova Odessa SP. nos deixou livros de valor inestimável para o paisagismo brasileiro, fontes de consulta permanente para os profissionais do setor : Plantas Ornamentais no Brasil, Palmeiras no Brasil - Nativas e Exóticas, Árvores Exóticas no Brasil - Madeireiras, Ornamentais e Aromáticas  e Palmeiras Brasileiras e Exóticas Cultivadas.  Foi uma pessoa fantástica que jamais será esquecida, basta um breve passeio pelas áreas urbanas de Campinas e as palmeiras das mais diferentes espécies e árvores introduzidas de várias partes do mundo se incumbirão de mantê-lo sempre vivo entre nós.

                                                               

                         

                                        RAINHA-DAS-ÁRVORES ( Amherstia nobilis )

                                                   " Que as árvores exóticas, nobres ou humildes, vindas de outros mundos, sejam respeitadas e protegidas e que possam conviver com as nativas, dando a sua contribuição, à semelhança de imigrantes, para o enriquecimento  e melhoria do meio em que vivemos. Para as árvores não deve haver fronteiras, o clima é a única que as limita. "   Hermes Moreira de Souza 

                                                                                                                                                                       


                                         Bauhinia hermesiana (Bauhinia uruguayensis)

                                                          *Nome em sua homenagem.


                                                                               


                                       IPÊ-BRANCO DE FLORAÇÃO PROLONGADA 

                                                ( Handroanthus avellanedae ''Alba'' ) 

                                             *Presente dele aqui para a Fazenda Citra.


         Texto : LUIS BACHER  

         Fotos : LUIS BACHER ( Exceto a 11a. ,12a. , 13a. e 14a. )

    #hermesmoreiradesouza #institutoagronomicodecampinas #institutoplantarum #luisbacher


                                                            GALERIA DE FOTOS :   

                                                           

                                                                                                                                                                    



                                                                                    


                                                                                     


                                                                                      

                                                                                      

                                                                                       

                                                                                   

                                                     Marcelo, Antônio Geremias,

                                                     Marilia W. de Souza, Francisco 

                                                     de Assis Leitão Moraes, Ademar 

                                                      e José. 
 

                              
                      Dr. Hermes Moreira de Souza homenageado pela SBAU (Sociedade
                      Brasileira de Arborização Urbana da qual ele se tornou Sócio Hono-
                      rário em 1994.                                                        

                                                                                      

                                                                           





                                                                                      


                              Obras de grande importância para o paisagismo brasileiro

                              resultantes da parceria  de HARRI LORENZI  ( Instituto 

                              Plantarum ) e Dr. HERMES MOREIRA DE SOUZA . 

                             *Programa Verde Manah ( Bunge Fertilizantes S/A.)

 

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

CACHO-DE-MARFIM (Buckinghamia celsissima)

  • A família das proteáceas tem cerca de 83 gêneros e mais de 1.660 espécies predominantemente distribuidas no Hemisfério Sul, principalmente na África do Sul e Austrália. Nesses dois países encontramos espécies ornamentais com floradas espetaculares que são utilizadas em arranjos florais e atualmente são despachadas para o mundo todo em containers refrigerados, até aqui no Brasil já encontramos essas flores disponíveis em floriculturas. Dentre essas espécies ornamentais podemos citar alguns gêneros como Protea, Banksia, Hakea, Embothrium, Grevillea, Stenocarpus, Telopea, Leucadendron, várias delas utilizadas largamente em arranjos florais. Aqui no Brasil ao longo dos anos foram introduzidas diversas espécies ornamentais e também uma de interesse econômico que é o caso da Nogueira Macadâmia (Macadamia ternifolia) bastante cultivada aqui nas regiões Sudeste e Nordeste. Nessa postagem vamos falar de uma espécie de proteácea ornamental que como a Macadâmia encontrou as condições climáticas necessárias e se desenvolveu muito bem por aqui, a árvore CACHO-DE-MARFIM (Buckinghamia celsissima, F.Muell.) de notável valor ornamental.


  • Essa árvore de folhagem perene é nativa do nordeste da Austrália, mesma região de origem de outra espécie famosa, a Roda-de-Fogo (Stenocarpus sinuatus). Quando cultivada com espaçamentos adequados pode atingir de 7 a 8 metros de altura, em situações de plantios adensados, entre outras árvores,  pode atingir porte bem maior.


  • Suas folhas quando jovens são lobadas e em fase de brotação apresentam coloração avermelhada o que torna a folhagem também decorativa valorizando ainda mais a planta quando usada em paisagismo. 


  • A floração dessa espécie aqui no Brasil ocorre de outubro até dezembro com flores que lembram bastante as das Grevileas porém com tamanho maior variando de 15 a 20 cm. de comprimento e também em maior quantidade. Essas flores são suavemente perfumadas e muito melíferas. Vale lembrar que o primeiro florescimento é bastante rápido ocorrendo entre o segundo ou terceiro ano do plantio.


  • Na Austrália ela é bastante usada em arborização urbana em locais de clima tropical e subtropical preferindo solos descompactados e ricos em matéria orgânica. No Brasil vem sendo utilizada no paisagismo ainda em pequenas quantidades devido ao fato de ser pouco conhecida. Os primeiros plantios em paisagismo foram feitos no município de Holambra - SP. através do paisagista Gustaaf Winters. 


  • A revista Natureza publicou uma matéria interessante sobre a Cacho-de-Marfim intitulada ''Cachinhos Exóticos'' com bastante informação sobre a árvore e material fotografado aqui na nossa coleção.


  • DICAS DE CULTIVO :
          Luz : Pleno sol.
          Solos : Descompactados e ricos em matéria orgânica.
          Usos : Plantio em grupos, alamedas ou de forma isolada.
          Origem : Australia 

          Texto e Fotos : LUIS BACHER 

           Onde encontrar mudas :

           DIERBERGER PLANTAS LTDA.
           Fazenda Citra - Limeira - SP.
           Mercado de Flores CEAFLOR - Boxes G-25 / 26 - Jaguariuna - SP.
           Tel. (19) 3451-1221  Whatsapp (19) 99409-4072 Celular (19) 99143-5351

           www.fazendacitra.com.br 









sexta-feira, 17 de abril de 2020

XANTOSTEMO ou PENDA-DOURADA (Xanthostemon chrysanthus (F.Muell.) Benth.)

A família das mirtáceas reúne aproximadamente 144 gêneros de árvores e arbustos os quais são distribuídos em regiões de clima tropical, subtropical e temperado. No Brasil essa família é representada por espécies frutíferas bastante conhecidas como as Jabuticabas, Araçás, Guabirobas, Pitangas, entre outras. Já na Australia os principais representantes são os Eucalyptus mas o gênero reúne ainda outras tantas plantas de grande valor ornamental já bastante conhecidas como o Callistemon, Acmena , Leucospermum e outras mais raras como o XANTOSTEMO ou PENDA-DOURADA (Xanthostemon chrysanthus). E nessa postagem é justamente sobre o Xantostemo que vamos falar, sobre o seu notável valor ornamental e outras tantas qualidades dessa espécie que se desenvolve tão bem por aqui.

                                                                                   
                                            O gênero Xanthostemon conta com aproximadamente 45 espécies e é encontrado em toda a região tropical do norte da Austrália , também na Nova Caledônia, Nova Guiné, Indonésia e Filipinas. Esse nome é originário do grego Xanthos que significa amarelo e stemon que são os múltiplos estames.


Na Austrália são 13 espécies sendo que a mais conhecida é essa que estamos descrevendo nesse artigo, a Xanthostemon chrysanthus que por lá é conhecida  popularmente como Golden Penda. Por ser parente próxima da Escova-de-Garrafa que também é chamada de Calistemo, aqui na nossa coleção passamos a chamar essa árvore de Xantostemo.


Como falamos anteriormente essa árvore pertence à família das mirtáceas e em seu habitat natural pode atingir até 20 metros de altura mas quando cultivada em jardins ou em arborização urbana mantém um porte médio de 12 metros. É planta de fácil cultivo e desenvolve-se muito bem em condições de clima tropical e subtropical. Em regiões de climas mais amenos desde que não ocorram geadas também é possível cultivá-la.


Sua floração é espetacular , com flores em formato de esponjas compostas de inúmeros estames alongados na coloração amarelo-vivo os quais ocultam grande quantidade de corolas que armazenam muito néctar o que atrai muitas abelhas, beija-flores e outros pássaros nectarívoros.

         

Além da beleza de sua floração também reúne inúmeras qualidades paisagísticas. Seu crescimento é um tanto vertical o que resulta em árvores com a copa alta, mas também podemos lhe proporcionar um porte mais arbustivo através de podas de formatura iniciando esse procedimento com a planta ainda bem nova. Essas podas darão à planta um formato mais compacto e também com mais galhos, consequentemente ela florescerá em maior quantidade.


DICAS DE CULTIVO :

Luz : Pleno sol .
Solos : Vários tipos de solos, preferencialmente os mais ricos em matéria orgânica e descompactados.
Usos : Plantio em grupos, alamedas, arborização de ruas e também de forma isolada.
Origem : Austrália

Texto e fotos : LUIS BACHER

Onde encontrar mudas :

DIERBERGER PLANTAS LTDA.
Fazenda Citra - Limeira - SP.
Mercado de Flores CEAFLOR - Boxes G-25 / 26 - Jaguariúna - SP.
Tel. (19) 3451-1221 Whatsapp (19) 99409-4072  Celular (19) 99143-5351

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sábado, 28 de setembro de 2019

A PITANGA-DO-CERRADO (Eugenia pitanga, Kiaersk.)

É notável a quantidade de espécies frutíferas na família das mirtáceas no Brasil, algumas com características próprias para cultivo em pequenos espaços e vasos. Uma dessas espécies é a PITANGA-DO-CERRADO (Eugenia pitanga, Kiaersk.)



É difícil escolhermos a nossa planta preferida pois todas, sem exceções, apresentam o seu momento de auge de beleza em florações e frutificações que impressionam. Mas temos que admitir que algumas espécies por determinada característica não há como passar despercebida, uma dessas plantas é a PITANGA-DO-CERRADO (Eugenia pitanga, Kiaersk.) da família das mirtáceas. 


Esse arbusto rizomatoso de até 2 metros de altura é encontrado em estado nativo nos cerrados e campos dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Essa frutífera chama a atenção pela sua incrível precocidade na produção de frutos, plantinhas de apenas 15 cm. florescem abundantemente em pequenas embalagens e mais surpreendente ainda é que seguram as frutificações.




Essa precocidade da espécie a torna uma excelente opção para cultivo em pequenos espaços e também em vasos desde que mantida em locais ensolarados para que produza frutos mais coloridos e com polpa mais adocicada. Em locais mais sombreados produz frutos menos saborosos mas a planta se desenvolve sem problemas.


Os frutos da Pitanga-do-Cerrado são graúdos, vistosos e com polpa suculenta com sabor doce-acidulado e como nas pitangas tradicionais pode variar na coloração, desde vermelho-vivo, roxo-escuro ou alaranjados. O formato e tamanho das folhas também variam entre as plantas.


Quando cultivada em vasos podemos utilizar os mais diversos modelos desde maiores até mesmo bem pequenos e mesmo assim frutificará normalmente. Quando plantada ao solo resulta num pequeno arbusto de formato compacto cujo porte pode variar de 1.5 a 2 metros desenvolvendo nos mais variados tipos de solos mas preferencialmente a pleno sol. 



DICAS DE CULTIVO :

Luz : Cultivar preferenciamente a pleno sol.
Solos : Pode ser cultivada nos mais variados tipos de solos : arenosos, areno-argilosos e ricos em matéria orgânica. Em solos mais pobres mantém o porte menor ainda.
Usos : Frutos para consumo ao natural, sucos, geléias e licores.
Origem : Regiões de cerrados e campos de Minas Gerais , São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Texto e Fotos : LUIS BACHER

Onde encontrar mudas : 

DIERBERGER PLANTAS LTDA.
Fazenda Citra - Limeira - SP.
Mercado de Flores CEAFLOR - Box G-25 / G-26  - Jaguariuna - SP.
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